ATA DA DÉCIMA NONA SESSÃO SOLENE DA PRIMEIRA SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA DÉCIMA TERCEIRA LEGISLATURA, EM 02-8-2001.

 


Aos dois dias do mês de agosto do ano dois mil e um, reuniu-se, no Plenário Otávio Rocha do Palácio Aloísio Filho, a Câmara Municipal de Porto Alegre. Às dezessete horas e treze minutos, constatada a existência de quórum, o Senhor Presidente declarou abertos os trabalhos da presente Sessão, destinada à entrega do Título Honorífico de Cidadão de Porto Alegre ao Senhor Sebastião Nunes Pinto, nos termos do Projeto de Lei do Legislativo nº 020/01 (Processo nº 0754/01), de autoria do Vereador Juarez Pinheiro. Compuseram a MESA: o Vereador Reginaldo Pujol, 2º Vice-Presidente da Câmara Municipal de Porto Alegre, presidindo os trabalhos; o Senhor Jurandir Damim, representante do Senhor Prefeito Municipal de Porto Alegre; o Senhor Sebastião Nunes Pinto, Homenageado; o Vereador Juarez Pinheiro, na ocasião, Secretário “ad hoc”. A seguir, o Senhor Presidente convidou a todos para, em pé, ouvirem a execução do Hino Nacional e, após, concedeu a palavra aos Vereadores que falariam em nome da Casa. O Vereador Juarez Pinheiro, em nome das Bancadas do PDT, PTB, PMDB, PSDB, PSB, PL e PFL, discorreu sobre aspectos relativos à vida pessoal e profissional do Homenageado, destacando as características de firmeza, serenidade e orientação com que Sua Senhoria desempenhou suas atividades como líder sindical e justificando os motivos que levaram Sua Excelência a propor a presente homenagem. Na oportunidade, o Senhor Presidente registrou a presença do Senhor Rômulo Gobato, representante do Sindicato dos Empregados em Entidades Culturais, Recreativas, de Assistência Social de Orientação e Formação Profissional - SENALBA, de líderes sindicais e de amigos do Homenageado. Em prosseguimento, foi dada continuidade às manifestações dos Senhores Vereadores. O Vereador Marcelo Danéris, em nome da Bancada do PT, salientou a justeza da concessão do Título Honorífico de Cidadão de Porto Alegre ao Senhor Sebastião Nunes Pinto, manifestando seu reconhecimento ao trabalho desenvolvido pelo Homenageado em prol da defesa dos direitos dos trabalhadores e parabenizando o Vereador Juarez Pinheiro pela iniciativa de propor a presente homenagem. O Vereador Raul Carrion, em nome da Bancada do PC do B, externou sua satisfação em participar da presente solenidade, ressaltando a firmeza, simplicidade e coerência com que o Senhor Sebastião Nunes Pinto desempenha suas atividades profissionais e enfatizando a importância do trabalho realizado pelo Homenageado em benefício da construção de uma nova sociedade. A seguir, o Vereador Reginaldo Pujol, na presidência dos trabalhos, convidou o Vereador Juarez Pinheiro e o Senhor Jurandir Damim para procederem à entrega do Diploma e da Medalha referentes ao Título Honorífico de Cidadão de Porto Alegre ao Senhor Sebastião Nunes Pinto. Em prosseguimento, o Senhor Presidente concedeu a palavra ao Senhor Sebastião Nunes Pinto, que agradeceu o Título recebido. Na ocasião, o Senhor Presidente registrou a presença do Senhor Lúcio Barcellos, ex-Secretário Municipal da Saúde, e do Senhor Luiz Eurico Laranja Valandro, Diretor Técnico do Grupo Hospitalar Conceição. Após, o Senhor Presidente convidou os presentes para, em pé, ouvirem a execução do Hino Rio-Grandense e, nada mais havendo a tratar, agradeceu a presença de todos e declarou encerrados os trabalhos às dezoito horas e treze minutos, convidando a todos para a Sessão Solene a ser realizada a seguir. Os trabalhos foram presididos pelo Vereador Reginaldo Pujol e secretariados pelo Vereador Juarez Pinheiro, como Secretário “ad hoc”. Do que eu, Juarez Pinheiro, Secretário "ad hoc", determinei fosse lavrada a presente Ata que, após distribuída em avulsos e aprovada, será assinada pela Senhora 1ª Secretária e pelo Senhor Presidente.

 

 


O SR. PRESIDENTE (Reginaldo Pujol): Estão abertos os trabalhos da presente Sessão Solene, de outorga do Título Honorífico de Cidadão de Porto Alegre ao Sr. Sebastião Nunes Pinto. Compõem a Mesa dos trabalhos o Sr. Sebastião Nunes Pinto, homenageado desta Sessão Solene, o representante do Prefeito Municipal de Porto Alegre Sr. Jurandir Damim, e deveria também a ela se integrar, optando por não fazê-la, o grande responsável pela realização deste ato, o Ver. Juarez Pinheiro, proponente da homenagem, que foi acolhida por esta Casa.

Então, neste momento, queremos convidar a todos presentes neste ato para, em pé, ouvirmos o Hino Nacional.

 

(Executa-se o Hino Nacional.)

 

Dando continuidade aos atos desta Sessão Solene, queremos registrar os cumprimentos do Presidente da Casa, Ver. Fernando Záchia, não apenas ao homenageado, como também ao principal proponente, Ver. Juarez Pinheiro, e digo principal, pois toda a Casa o está homenageando.

O Ver. Juarez Pinheiro está com a palavra em nome do PDT, PTB, PMDB, PSDB, PSB, PL e PFL.

 

O SR. JUAREZ PINHEIRO: Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Vereadores. (Saúda os componentes da Mesa e demais presentes.) O Sebastião representa, acima de tudo, a idéia do coletivo, a idéia de quem tem lado para fazer política. Quero fazer uma pequena digressão que, aqui neste contexto, nem caberia, mas eu fiquei praticamente oito horas internando um familiar meu, e me dirigi do hospital para esta cerimônia. Eu vim para cá, porque era o Sebastião. Possivelmente, se eu estivesse hoje sendo o proponente de uma homenagem a uma figura ilustre da Cidade que, como o Sebastião, tivesse prestado serviços, e por isso tivesse condições de receber um título, eu não estaria aqui; pediria ao Líder da Bancada que me representasse. Mas tratava-se do Sebastião. Quem conhece o Sebastião sabe que ele merece esta homenagem; quem conhece o Sebastião sabe que Porto Alegre merece que o Sebastião receba esse título honorífico. Por isso, eu esqueci de minhas mazelas individuais e fiz o possível para estar aqui hoje para homenagear o Sebastião. Peço desculpas. Eu teria uma série de questões para abordar hoje aqui, principalmente a luta dos trabalhadores, o momento difícil por que se passa, numa fase de acumulação capitalista, e, se eu aqui olvidar o que seria importante dizer, quero que vocês debitem isso a minha situação pessoal.

Mas quero dizer, mesmo assim, que falar do Sebastião é fácil, Presidente Reginaldo Pujol, que também nasceu nas barrancas do Rio Uruguai, em Quaraí, inclusive discutimos se o Sebastião nasceu realmente em Uruguaiana ou na Barra do Quaraí, pois ele nasceu no Distrito de Gutierres que, à época pertencia a Uruguaiana, hoje pertence à Barra do Quaraí. É fácil falar do Sebastião porque ele é sólido, é radical, mas sabe ser tolerante. O Sebastião, talvez possa conhecer no seu âmago quem com ele tem estado numa porta de fábrica, a força do Sebastião, o que ele passa para os seus companheiros de luta sindical. Eu assisti e quero dar o meu depoimento que é algo emocionante. Já distribuí muitos panfletos em porta de fábrica, mas eu nunca vi os trabalhadores olharem nos olhos do seu líder sindical e terem a confiança, a certeza da orientação que estavam recebendo, da convocação que estavam recebendo, quando vi, e não foi uma vez, foram várias vezes, essa relação que se estabelece entre o Sebastião e seus colegas.

O Sebastião, hoje, é membro da diretoria da Federação da Saúde do Estado do Rio Grande do Sul, que recentemente tomou posse. Constato em sua pessoa um líder sindical que representa o que melhor se pode querer de um líder sindical: firmeza, serenidade, orientação. Tive oportunidade de presenciar que os trabalhadores recebiam o panfleto, questionavam o Sebastião, batiam no seu ombro e seguiam para o seu trabalho. Naquele momento, eu decidi fazer algum tipo de homenagem, eu vi que existia ali um ser absolutamente especial, ali havia alguém que começou, há muito tempo, a sua luta, alguém que, há muito tempo, soube qual era o seu lado, que levava a sua vida familiar com absoluta dignidade; os seus dois filhos, os dois universitários, ao lado da sua trajetória profissional, ele transcendia, era alguém que falava com uma força impressionante sem que a sua voz precisasse se alterar. Era alguém especial, é esse alguém especial, alguém que hoje galga dentro da sua categoria profissional uma posição de absoluto destaque, membro da direção estadual da Federação da Alimentação que nós estamos homenageando.

Sei que o que eu digo é muito pouco, porque aqui, Sebastião, dos colegas que contigo têm lutado na mesma trincheira em prol dos direitos dos trabalhadores e que te conhecem muito mais do que eu, com muito mais qualidade, sei que estou parcialmente transmitindo aqui o que eles gostariam de te dizer. Porto Alegre, hoje, concede o título a alguém absolutamente especial, como outros que já receberam este título.

O companheiro Sebastião Nunes Pinto nasceu aos 7 dias do mês de outubro de 1942, como já disse, em Gutierres, então Município de Uruguaiana, hoje, Barra do Quaraí. É filho de Manoel Nunes Pinto, de profissão barbeiro e Doíla Gutierres Pinto, do lar. Cursou o primário no Colégio Municipal Visconde de Mauá, da localidade de Gutierres. Eu quero citar aqui esta trajetória, porque acho importante que se veja a consistência e o avanço da sua trajetória, sempre na mesma trincheira, sempre na luta dos trabalhadores, a sua coerência; e o Ver. Reginaldo Pujol sabe disso; nós, que participamos de entrega de títulos aqui, é muito comum usarmos algumas frases chavões; então, é muito fácil, por exemplo, que se cite Che Guevara: “hay embrutecer pero sin perder la ternura jamas”. É muito fácil lembrarmos aquele poema de Brecht “dos imprescindíveis”, e eu, quando pensei nestas duas coisas, disse: “Não, não posso nem falar nisso, porque isso é o chavão” O Sebastião merece algo especial!” Mas, concomitante, lembrei que eu não estaria sendo formal, eu não estaria decorando orelha de livro, eu não estaria repetindo coisas para tentar fazer um discurso menos insípido, um discurso sem consistência. Não. O Sebastião é isso. O Sebastião endureceu-se, porque a luta dos trabalhadores exigia que se endureça, porque é muito desigual a luta do capital e do trabalho. Ele é sólido, ele é firme, ele é radical. Mas o Sebastião, não precisa alterar a sua voz, como já disse, para mostrar a sua firmeza e mostrar a sua ternura. E eu já vi também a tolerância e a ternura do Sebastião, seja com a sua família, com quem privei uma ou duas vezes, seja com a sua relação com seus companheiros, quando estive na sua posse na Federação.

Então, Sebastião, citar hoje essas frases, que se cita há décadas, homenageando figuras ilustres do nosso campo político, como Che Guevara ou citando Brecht “dos imprescindíveis”, não! Realmente, Sebastião, tu és um imprescindível, não por decoreba de discursos que a gente procura, a tua trajetória é de alguém imprescindível! Por isso, peço vênia, Sr. Presidente, Reginaldo Pujol, para ler dentro do meu tempo, algumas questões, porque existem aqui pessoas que conhecem mais do que eu o Sebastião, mas outras querem saber qual é o novo Cidadão de Porto Alegre e, especialmente, os telespectadores que nos acompanham através da TVCâmara, e eu preciso contar-lhes. E com essa vênia do Presidente Reginaldo Pujol, passo a ler algumas coisas da trajetória do Sebastião. (Lê.) “O Sr. Sebastião cursou o primário no Colégio Municipal Visconde de Mauá e, mais tarde, seus pais transferiram-se para a sede do Município de Uruguaiana na esperança de melhores dias. Mas a Cidade que parecia um sonho tornou-se um pesadelo, como acontece com milhares de famílias brasileiras. Integrando uma família numerosa, pois além dele havia mais dez irmãos, desde cedo teve de lutar muito, empregando-se como jornaleiro e trabalhador na construção.

Concluiu o Ginásio no Colégio Estadual Dom Hermeto, em Uruguaiana, iniciando, após, o curso de Contabilidade.

Em 1964 veio para Porto Alegre, pois nesse ano ocorreu o golpe militar, iniciando-se a perseguição a militantes estudantis e políticos. Dessa forma, interrompeu seus estudos, voltando a estudar em 1977 e concluindo, em 1978, o 2º grau como Assistente de Administração, no Colégio dos Metalúrgicos José César de Mesquita, o qual todos nós temos na lembrança um militante sindical que foi uma liderança, Jurandir, como tu és, no meio metalúrgico, por muitos anos na Cidade. No mesmo ano foi aprovado no vestibular para Direito, na UNISINOS, mas, nessa época, trabalhava como metalúrgico e não concluiu a faculdade, fazendo apenas cinco semestres.

Em 1966 casou-se com sua conterrânea Maria do Carmo de Lima Pinto, com quem teve dois filhos: Emerson de Lima Pinto, Professor universitário, formado em advocacia e Mestre em Direito; e Dayani de Lima Pinto, que cursa o último ano de Psicologia. Mesmo tendo certeza de que isso se deve ao esforço individual de seus filhos, considera-os sua maior realização.

No setor metalúrgico trabalhou como apontador, na área de lubrificação e na afiação de ferramentas, como eletricista de manutenção e programador de manutenção até fixar-se como Inspetor de Segurança do Trabalho, cargo hoje denominado Técnico de Segurança do Trabalho, profissão que exerce até os dias atuais, sendo fundador e membro efetivo do Conselho Fiscal da Associação dos Inspetores de Segurança do Trabalho, de 1975 a 1977.

Em 1987 participou do Curso Didático Pedagógico com índice de aproveitamento total, o que o habilitou a ministrar cursos para Cipeiros e componentes da Brigada de Incêndio, passando em 1989 à condição de Instrutor para Curso de Acidentes do Trabalho para membros da CIPA.

Na década de 80 ingressou no ramo da indústria da alimentação, sendo que em 1989 foi eleito diretor-executivo do Sindicato da categoria para exercer na Secretaria da Saúde do Sindicato. Posteriormente, por três gestões seguidas, foi eleito Secretário-Geral do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Panificação, Laticínios e Chocolates de Porto Alegre.

Desde 1989 tem sido um dos negociadores do Sindicato nas reuniões de dissídios, acordos coletivos e convenções, mantendo-se constantemente atualizado em questões referentes à negociação coletiva, comissões de conciliação prévia, rito sumaríssimo e direitos dos trabalhadores, e participando ativamente dos aspectos jurídicos sobre negociação coletiva e organização na busca da liberdade e autonomia sindical.

Estudioso sobre os assuntos ‘Contrato Coletivo de Trabalho, Reestruturação Produtiva’ e ‘Programa de Metas para Distribuição de Lucros e Resultados aos Trabalhadores’, em 1990 passou a ser Coordenador de Educação Sindical do Sindicato e da respectiva Federação; no início da década de 90 passou a atuar junto ao INSS com relação aos direitos dos trabalhadores. Especializou-se em Administração Sindical e Formação, com diversas passagens pelo Instituto Cajamar Escola Sindical e Política-Cajamar - SP e Escola Sul da CUT, em Florianópolis.

Em 1993 concluiu o curso de extensão universitária (UNISINOS) de ‘Formação de Monitores em Cooperativismo’.

Em 1995, concluiu o curso de Locutor Apresentador-Animador realizado pelo Centro de Educação Permanente FEPLAM, registro nº 5961 DRT-Ministério do Trabalho.

É militante do PT e da CUT, sendo representante da Central Sindical em diversos fóruns.

Na década de 90, como membro da CUT, participou juntamente com o grupo Sindicatos Europeus em movimentos para discussão da cadeia produtiva do cacau e chocolate, atuando nos Estados do Rio Grande do Sul, São Paulo, Espírito Santos e Bahia com o apoio do TIE (Troca de Informações entre Empresas Transnacionais).
Militante na área da saúde, é membro efetivo do Conselho do Meio Ambiente de Porto Alegre, do Conselho Metropolitano de Saúde e do Conselho Estadual de Saúde. Também é membro efetivo, desde a criação, do Coletivo de Saúde e Meio Ambiente da CUT e Conselheiro nos Comitês de Recursos Hídricos do lago Guaíba e rio Gravataí”.

Esse é o currículo! É uma trajetória rica, mas o Sebastião Nunes Pinto é muito mais do que isso! O Sebastião é o nosso companheiro, é o novo Cidadão de Porto Alegre, o cidadão que, ao receber esse título, faz com que todos nós, sindicalistas, seus amigos, aqueles que com ele têm militado na defesa dos direitos dos trabalhadores, se sintam hoje homenageados.

Sebastião, para mim foi uma honra propor esse título, uma honra que vou guardar para sempre. Parabéns Sebastião, parabéns aos trabalhadores deste País por terem pessoas como o Sebastião. Porto Alegre merece, e o Sebastião merece o título que hoje recebe. Muito obrigado. (Palmas.)

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Reginaldo Pujol): Registramos, com muita alegria, a presença de inúmeras lideranças sindicais, amigos do homenageado, muitos dos quais poderiam estar ocupando lugares ainda vagos na nossa Bancada, o que nos daria muito prazer. Quero, com a devida permissão do Sr. Sebastião, nosso Cidadão Honorário de Porto Alegre, a partir de hoje, sintetizar esse reconhecimento na figura do Rômulo Gobato, que é do SENALBA, Sindicato ao qual eu servi como consultor jurídico durante muitos anos e que é, indiscutivelmente, a minha vinculação com o movimento sindical de Porto Alegre e do Estado.

Por isso, registro com satisfação a sua presença, amigo pessoal que ele é do Sr. Sebastião, e fez questão de vir aqui na Mesa assinalar esse fato.

O Ver. Marcelo Danéris está com a palavra pelo Partido dos Trabalhadores.

 

O SR. MARCELO DANÉRIS: Sr. Presidente e Srs. Vereadores. (Saúda os componentes da Mesa e demais presentes.) Quero saudar, muito especialmente à família do companheiro Sebastião, e meu companheiro e amigo Everson, que está aqui presente também, nós temos uma história de militância e de luta juntos.

É, para mim, um prazer falar aqui em nome da Bancada do Partido dos Trabalhadores nesta Sessão Solene que outorga o Título de Cidadão ao companheiro Sebastião.

Eu li, nos últimos dias, com um pouco mais de cuidado, a história do companheiro Sebastião, a sua trajetória de vida e vi que essa é a trajetória de vida do trabalhador brasileiro.

Então, quando a Câmara Municipal de Porto Alegre homenageia e reconhece um companheiro com essa trajetória de vida, ela está homenageando e reconhecendo um companheiro que é um trabalhador que tem a sua história à imagem do trabalhador brasileiro, aquele trabalhador que vem de uma família humilde, que tem dificuldades financeiras para sustentar a sua própria família, os filhos, o estudo. Que vem do interior para a Capital com a idéia de ganhar o mundo, uma nova vida e dar para os filhos uma outra condição e, quando chega, aqui, enfrenta a dura realidade do desemprego, da luta cotidiana, das dificuldades financeiras, da miséria que nós todos conhecemos por esse Brasil afora. E, aí, o que decorre disso? Companheiro metalúrgico que, além de exercer a sua profissão, com muita consciência política, começa a participar da vida deste País, especialmente desta Cidade.

Vejamos o que o Ver. Juarez Pinheiro leu. Este nosso companheiro vem justamente no momento mais dramático para este País, do golpe militar. Não bastasse passar por todas as dificuldades do regime autoritário, de 20 anos, ainda passa pelas “Diretas Já”; passa pela luta sindical de 79, constrói a sua família, que honra cada um dos trabalhadores. Tem uma trajetória de luta e de militância, que eu gosto de chamar de lutador social, pela transformação, não só da sua vida. Seria muito fácil o companheiro Sebastião vir para cá e lutar com toda a dignidade com a sua família, com o seu trabalho, com os seus filhos. Mas não, ele faz mais do que isso. Ele vem para cá não só para conquistar a sua dignidade, mas para lutar pela dignidade dos outros também, o que é o mais nobre de tudo. É aquela pessoa que dedica a sua vida para conquistar e garantir dignidade, o direito de vida cidadã para cada um dos brasileiros, além de si mesmo. Consegue fazer uma trajetória de lutas, que impressiona e orgulha cada um de nós e muito especialmente ao Partido dos Trabalhadores, que reconhece neste companheiro um companheiro lutador e imprescindível, como disse o Ver. Juarez Pinheiro, para a luta dos trabalhadores, para a luta de todos os excluídos, de todos aqueles que querem trabalhar hoje e que enfrentam o maior índice de desemprego da história desse País, o que tanto nos entristece, o que tanto nós lutamos para mudar. Pois esse companheiro Sebastião Nunes Pinto, hoje homenageado aqui, não é só ele, porque assim como ele lutou por todo mundo, como ele lutou para mudar a vida de muita gente e como vai continuar lutando, e para nós é importante que ele continue lutando, ele está sendo homenageado, mas também estão sendo homenageados aqui hoje o trabalhador e a trabalhadora brasileiros, todos aqueles que como Sebastião Nunes Pinto lutaram e dedicaram a sua vida para mudar e transformar a vida dos outros neste País de tantas injustiças que nós queremos e lutaremos até o último dia, com todas as nossas forças para transformá-lo num País que dê uma vida digna para cada um de nós brasileiros e brasileiras.

Tenho certeza que essa homenagem que a Câmara de Vereadores presta a ti, meu companheiro, ela a está prestando, também, para todos esses trabalhadores que como tu lutaram por nós, por mim, por cada um de nós, e que tem construído muitas vitórias, uma outra história para este País. Iremos construir muito mais, porque tu mereces essa homenagem que hoje o Ver. Juarez Pinheiro propôs com muita correção e no momento exato.

Muito obrigado, e quero parabenizar, em nome da Bancada do Partido dos Trabalhadores, companheiro Sebastião Nunes Pinto, toda a sua família, obviamente. Muito obrigado. (Palmas.)

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Reginaldo Pujol): O Ver. Raul Carrion está com a palavra e falará em nome do Partido Comunista do Brasil.

 

O SR. RAUL CARRION: Sr. Presidente e Srs. Vereadores. (Saúda os componentes da Mesa e demais presentes.) Inicio dando um abraço fraterno e combativo ao amigo Sebastião Pinto, que é um sindicalista, um lutador social, um militante da luta por uma saúde pública, gratuita e de qualidade; em suma, um cidadão de Porto Alegre para a nossa alegria e da nossa Cidade.

Ao Ver. Juarez Pinheiro, gostaria de dizer que homenagens como essa são muito importantes e simbólicas. Nós sabemos que a maioria dos homenageados como Cidadãos de Porto Alegre são homens e mulheres das classes dominantes; são exceções em Porto Alegre, em todas as cidades e em todo o País homens do povo, trabalhadores e operários serem homenageados dessa forma. Da mesma maneira, se olharmos os logradouros da nossa Cidade veremos nomes de doutores, generais, coronéis, homens da elite histórica da nossa sociedade; poucos homens do povo são lembrados. Caberia perguntar se não são eles que fazem a história e as riquezas do nosso País? Mas são olvidados...

Como metalúrgico desde 1979, quando retornei do exílio e da clandestinidade, com a anistia, tive a oportunidade, naquela época, de conhecer o Sebastião, metalúrgico, nas batalhas, nos dissídios, nas campanhas salariais da nossa categoria. Depois, durante a década de 80, lembramos do Sebastião em todas as lutas e mobilizações - já como um dirigente da categoria dos panificadores e como militante social. Eu diria que não existe uma luta, nessa longa caminhada, na qual não tivemos a presença do Sebastião. Lembro-me da luta contra a ditadura - em todos os seus momentos - daquelas grandes greves gerais, da luta pelas “Diretas Já”, da luta pelo “Fora Collor”, da luta em defesa da soberania nacional. Hoje, a luta continua, em defesa dos direitos dos trabalhadores, que estão sendo liquidados. Em suma, em todas as lutas que este País assistiu, lá estava o Sebastião, com sua firmeza, simplicidade e coerência permanente.

Eu creio que é com homens como Sebastião Pinto que nós estamos construindo e construiremos uma nova sociedade. Às vezes, temos uma compreensão e uma visão superficial de que os grandes acontecimentos históricos são realizados pelos grandes homens, pelos grandes líderes. Mas, os grandes homens, os grandes líderes são “bandeiras” da luta do povo. Eles só existem e só avançam na sua caminhada pela existência desses companheiros de luta permanente, como Sebastião, como tantos outros que nós aprendemos a admirar.

O grande poeta comunista alemão, Bertold Brecht, disse certa vez, com grande inspiração: “Há homens que lutam um dia, e são bons; há homens que lutam um ano, e são muito bons; mas há homens que lutam toda a vida, e esses são os imprescindíveis”. Imprescindíveis, como dizia o Ver. Juarez Pinheiro. Sebastião - permitam-me chamá-lo assim, como velho companheiro de caminhadas - é um desses homens imprescindíveis, assim como tantos outros que o nosso povo cria, desenvolve e que fazem a riqueza da nossa luta.

Por isso, receba uma grande homenagem do Partido Comunista do Brasil, o PC do B, uma grande homenagem pessoal e a grande satisfação - que eu penso poder manifestar em nome do povo de Porto Alegre - de poder te acolher como mais um cidadão nesta luta coletiva; e, juntos, construiremos um novo Brasil. Um Brasil onde o povo realmente mande, onde as riquezas criadas pelos trabalhadores sejam coletivas e onde - mais dia menos dia - uma pátria socialista venha para o nosso Brasil. Muito obrigado. (Palmas.)

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Reginaldo Pujol): Antes da entrega do Título Honorífico de Cidadão de Porto Alegre ao nosso homenageado Sebastião Nunes Pinto, peço vênia para quebrar o protocolo e utilizar um minuto. Eu deveria ser um dos oradores, mas não consegui conciliar as duas situações. Compareço a esta Sessão Solene muito à vontade e com muita satisfação. Eu já havia sido cooptado ao respeito, ao carinho ao nosso homenageado pelas informações que sobre ele me transferiu o Ver. Juarez Pinheiro, que é uma pessoa por quem eu tenho grande apreço, grande carinho e que me infunde grande credibilidade com as suas afirmações.

É lógico que fui um pouco tocado pelas raízes comuns que nós temos; eu sou nascido em Quaraí, ele é nascido na Barra do Quaraí, nos divide o Cerro do Geral. Mas o Cerro do Geral tem grande capilaridade, no seu entorno passa o rio Quaraí, o rio Quaraí Mirim, o Paipasso, e várias artérias que vão vinculando aquelas áreas do Pampa do Rio Grande.

Eu ouvi o Juarez Pinheiro, especialmente, me perdoe a informalidade de não chamá-lo de Vereador, mas é o meu amigo Juarez homenageando o seu amigo Sebastião, e eu vi que uma razão maior me trazia hoje aqui e eu quase que vim inconsistentemente e inconscientemente, porque se diz que saudavam uma pessoa que, sobretudo, é um radical, um homem que acreditava nas coisas que fazia, que tinha opinião, mas que nem por isso era intolerante. Eu acredito naquelas pessoas que são, equivocadamente, chamadas de radicais, porque todas as pessoas que acreditam no que fazem são normalmente tachadas de radicais, até de forma um pouco pejorativa. Eu sou liberal, o Raul é comunista, o Juarez é socialista, nem por isso entre nós existe a intolerância. Há a certeza do velho pensador Paisano que nos dizia que “nem todos os caminhos são para todos os caminhantes”. E eu sei que o caminho que o nosso homenageado trilhou é um caminho de convicção, de certeza e, sobretudo, de consciência de sua responsabilidade social como pessoa que, nascido lá no Pampa do Rio Grande, aqui chegou dez anos depois de que havíamos chegado. Nós, que para cá viemos, também num ano marcado, que é o de 1954, ano do suicídio do Presidente Vargas, de tumulto na Cidade de Porto Alegre, ano marcante na nossa história, que parece que nos reserva sempre a nós, guaipecas, que viemos bacudos lá de fora, esse desafio permanente da cidade.

Então, Sebastião, saiba que, como liberal, tenho muito orgulho em saudar um radical. A radicalidade é, muitas vezes, o atestado formal das nossas convicções e, sobretudo, da nossa consciência política.

Convido o Ver. Juarez Pinheiro a proceder à entrega do Título Honorífico ao Sr. Sebastião Nunes Pinto.

 

(Procede-se à entrega do Título.) (Palmas.)

 

Passo a palavra ao Sr. Sebastião Nunes Pinto, Cidadão Honorário de Porto Alegre.

 

O SR. SEBASTIÃO NUNES PINTO: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, Sr. Jurandir Damim, companheiro de velhas lutas. Sinto-me, hoje, totalmente em Casa, porque a metade da minha vida profissional foi como metalúrgico e a outra metade na alimentação.

Estudei no Colégio Mesquita, conforme já foi mencionado e dali tirei grandes proveitos. Vejo na platéia companheiros e amigos de longo tempo. Já foi mencionado o Dr. Calvetti; o companheiro Rômulo Gobato; o companheiro Valdir, Presidente do Sindicato, do qual faço parte; os dois Luiz Carlos da Federação; o Engenheiro Grassi; o companheiro Sérgio, do rio Gravataí; o companheiro Scorzza; alguns companheiros de longo tempo; o companheiro Osvaldo, hoje escritor, militamos muito em uma época muito difícil; companheiro Vilson; a companheira Ada e outros companheiros do Comitê Gravataí e Guaíba; também do Conselho Estadual de Saúde.

Eu quero começar agradecendo ao companheiro Juarez Pinheiro, amigo, companheiro de longos anos, pela lembrança e pela proposição deste título. Quero agradecer a minha esposa, a quem dedico este título, pelo apoio, compreensão, tolerância e até mesmo pela conformidade com as minhas ausências constantes pelas lutas cotidianas. Quero agradecer a meus filhos, o Emerson, a Dayani, os quais considero minha grande obra, a minha maior realização; obra projetada, construída juntamente com minha esposa, é claro. Se doravante nada mais eu conseguir realizar, e ainda pretendo ter muitas realizações, já estou satisfeito, muito contente porque acho que já foi uma grande obra.

Quero dizer aos meus filhos, apesar de muitas vezes terem um pai ausente, que nunca lhes faltou carinho, dedicação, apoio e companheirismo. Digo ausente, mas houve vezes em que toda a família estava num bandeiraço, num ato político, num piquete ou em qualquer ato onde o povo estivesse presente.

Agradeço aos demais parentes, ao meu sobrinho que está presente, aos meus irmãos e irmãs por todo o apoio que sempre me têm dado, principalmente aos meus amigos. Quando o Ver. Reginaldo Pujol falou nos rios, lembro-me com muita satisfação da companheirada do lago Guaíba, que eu chamava de rio Guaíba, e algumas vezes até me atrevi a fazer alguns poemas e sonetos, comparando o rio com os rios da nossa zona, o rio Uruguai, o rio Quaraí e outros de menor porte. Vejo com grande satisfação os companheiros dos comitês do lago e do rio Gravataí, o pessoal dos conselhos metropolitanos de saúde, do Conselho Estadual de Saúde, e, principalmente, o meu grande companheiro Lúcio Barcelos, ex-Secretário da Saúde, com quem tivemos muitas lutas em prol da saúde.

Uma trajetória não se constrói sozinho, e todos vocês que estão presentes, e muitos outros que não estão, ajudaram muito na minha trajetória. Eu até poderia dizer que mais devo a vocês - os companheiros do Sindicato Patronal também estão presentes -, o que prova que nós somos radicais, mas também há momentos de ternura e de tolerância.

Faço um agradecimento especial ao Sindicato da Panificação de cuja direção faço parte desde a década de 80. Nessa entidade tive grandes oportunidades, porque é um sindicato democrático, onde há uma grande participação, solidariedade, e acima de tudo, uma grande história: é uma das mais antigas do Brasil, sua data de fundação é 1913. Se considerarmos algumas coisas anteriores, a Sociedade de Resistência Padeiral, vamos ver que é de 1908, sem contar outros movimentos que já existiam antes, que terminaram desembocando com a formação desse Sindicato. Esse Sindicato é história, e por isso eu tenho que agradecer muito à direção dessa entidade, ao corpo de funcionários, e à base, principalmente, o pessoal da fábrica de onde eu saí. Esse povo me ensinou muito, ali realmente consegui exercitar a cidadania, consegui ser agente da história. Até ali, para mim, nada estava bem claro.

Também quero agradecer à Central Única dos Trabalhadores, que me deu muitas oportunidades e depositou muito confiança, pois represento essa entidade em diversos fóruns. Tive a oportunidade de freqüentar algumas escolas sindicais que foram de grande avanço; já foi citado o Instituto Cajamar de São Paulo, poderia citar a Sete de Maio de Belo Horizonte, poderia citar o Quilombo dos Palmares, de Pernambuco e a Escola Sul da CUT, de Florianópolis, a mais recente.

À Federação da Alimentação para a qual eu fui eleito há bem pouco tempo como Secretário de Saúde e que eu considero, hoje, uma das federações - não porque eu esteja lá - mais democráticas, ela teve a humildade de criar um instrumento que se chama regional. Essas regionais democratizaram essa Federação e fazemos um trabalho totalmente em conjunto. Sou militante sindical há muitos anos, só fui para a direção num momento em que eu achei que realmente existia plena democracia. Se não é para ter uma plena democracia, eu fico com a minha entidade sindical e fico com a Central, porque, lá, eu tinha isso em abundância.

Eu quero citar, de passagem, o Sindicato dos Radialistas, do qual eu não sou direção, sou apenas base, mas que, também, tem-me ensinado muito, tem-me dado algumas oportunidades.

Não poderia deixar de falar sobre Porto Alegre, esta Cidade que me recebeu de braços abertos, onde constituí a minha família, onde criei meus filhos. Em 1964, quando aqui cheguei, era uma época muito difícil, lutávamos por muitas coisas que ainda hoje são bandeiras: emprego, saúde, educação, moradia; mas lutávamos, acima de tudo, pelo direito de expressão e até pelo direito de ir e vir. E esta Cidade, meu “Portinho Alegre”, me recebeu de braços abertos. Eu posso dizer que me amparou e até deu um rumo para a minha vida, porque, nesta Cidade, em Porto Alegre, é que eu forjei a minha militância política e sindical. E, por isso, meu “Portinho”, por isso, Porto Alegre, muito obrigado por tudo.

Todos nós temos sonhos e eu tinha e tenho muitos sonhos. E, por sonhar muito, sempre estive perto das utopias, porque o sonho nos aproxima e nos faz realizar utopias. Tanto é verdade que hoje estou realizando uma grande utopia. Esta solenidade, este título, é uma utopia que se realiza. Vejam, um trabalhador de chão de fábrica, recebendo um Título de Cidadão da Capital de todos os gaúchos. É muita honra! É muito orgulho!

Mais uma vez, eu tenho de mencionar o companheiro Ver. Juarez Pinheiro, que me incentivou, que propôs este título. Muitas coisas boas eu tenho conseguido junto com ele, e por extensão, quero agradecer a todo o seu Gabinete. Muito obrigado, meu companheiro Juarez Pinheiro. Muito obrigado ao seu Gabinete, a toda aquela gente boa, que trata a gente com um grande carinho, que ajuda em tudo o que é possível.

Muitas vezes cheguei a pensar que só depois de passar para o andar de cima talvez fosse lembrado, talvez fosse homenageado, mas, aí, o companheiro Juarez Pinheiro lembrou ainda em tempo. E aí, companheiros e companheiras, de que valeria após a minha morte uma homenagem? De que valeria? Pois eu não poderia sentir esta emoção que estou sentindo agora. Eu não poderia abraçar vocês, eu não poderia ser abraçado por vocês, eu não poderia rir, eu não poderia chorar. Por isso estou muito feliz.

Estou feliz, realmente, e agradeço a todos vocês aqui presentes, e aqueles que gostariam de estar e por algum motivo não estão. Muito obrigado gente, muito obrigado Porto Alegre, muito obrigado à Câmara de Vereadores. Muito obrigado. (Palmas.)

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Reginaldo Pujol): Convidamos todos os presentes para, em pé, ouvirmos o Hino Rio-Grandense.

 

(Executa-se o Hino Rio-Grandense.)

 

O SR. PRESIDENTE (Reginaldo Pujol): Registramos as presenças do ex-Secretário de Saúde do Município, Dr. Lúcio Barcellos e do Diretor Técnico do Grupo Hospitalar Conceição, Luiz Eurico Laranja Valandro.

Agradecendo a presença de todos, encerramos os trabalhos da presente Sessão.

 

(Encerra-se a Sessão às18h13min.)

 

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